"Aplicações da Energia Solar" Palestra

Porquê a Energia Solar?

         A Energia Solar é, de todas as Energias Renováveis, a que tem maior potencial de aplicação. Isto porque, relativamente às outras energias não requer áreas tão grandes para as suas infra-estruturas. O investimento inicial necessário é bastante menor, exige pouca manutenção, existem benefícios fiscais para quem investe neste tipo de energia e, em países como Portugal, a sua utilização é viável em praticamente todo o território.
 

Além disso, a Energia Solar está acessível a praticamente todas as pessoas que tenham um prédio ou uma vivenda, pois podem instalar painéis solares nos seus telhados, pátios ou jardins e serem produtores da sua própria energia. Para fazer face ao investimento inicial existem também bastantes soluções de financiamento por parte do Estado e dos principais bancos que actuam em Portugal.

Sistemas de Aproveitamento Solar Passivos

O aproveitamento passivo da energia solar deriva dos ganhos de exposição ao sol ou do efeito de sombra, ao utilizar a radiação solar. É uma arquitectura que permite captar e armazenar calor nas habitações
Essencialmente, os sistemas solares passivos, através da aplicação de ideias simples, aproveitam o potencial solar do edifício através da inserção de grandes janelas orientadas para sul e pequenas janelas com vidro duplo orientadas a norte, por exemplo.
No entanto existem outros sistemas solares passivos, que contribuem para o aquecimento de uma casa e para a sua iluminação, como as clarabóias, as paredes Tromble e os solários.

Clarabóias

As clarabóias são um produto ideal para aproveitar a luz natural e, desta forma, poupar energia tanto no aquecimento como na iluminação.

Paredes Tromble

As Paredes Trombe (não ventiladas) não necessitam de manutenção e funcionam como radiadores gratuitos, aquecendo os espaços em que se encontram, sempre que haja sol no Inverno.

As Paredes Trombe (não ventiladas) têm a capacidade de acumular o calor dos raios solares durante os dias de Inverno com céu limpo, que são os dias mais frios, e transmitir de noite o calor acumulado para o interior dos espaços, o que é particularmente positivo no contexto climático Mediterrânico.
Durante o Verão, estas paredes, que são exclusivamente orientadas a Sul, não têm capacidade significativa para acumular os raios solares, dado que o sol incide num ângulo muito íngreme sobre o vão envidraçado que as protege, resultando na reflexão da maior parte da radiação.

Colectores Solares

Um colector solar é um mecanismo que aproveita a energia solar para aquecimento de água utilizada nas tarefas diárias, como tomar banho e cozinhar…

Tecnicamente, este dispositivo transforma a radiação solar em energia térmica, através do aquecimento de um fluído, mesmo nos dias mais cinzentos.

O colector solar plano é o mais comum, permite aquecer água até aos 70 ºC.

Utiliza no seu funcionamento dois fenómenos naturais: a cor negra absorve calor e a água quente sobe.

O colector solar plano, é constituído por uma caixa isolada, coberta por uma placa de material transparente. No interior da caixa são colocados tubos por onde circula a água.

O interior da caixa é pintado (ou revestido) de preto, para receber a energia do Sol e transformá-la em calor que é transmitido aos tubos por onde circula a água.

A cobertura transparente permite a passagem dos raios solares, e serve para provocar o efeito de estufa e reduzir as perdas de calor.

Ao longo de um ano, um sistema de colectores solares pode fornecer até 80% da água de uma casa.

A exposição solar, em Portugal, é uma das melhores da Europa – cerca de 2600 horas por ano – Aproveite-a!

O aquecimento numa casa representa elevados custos num orçamento familiar. A utilização do gás propano, butano ou natural para aquecimento torna-se dispendiosa e com graves consequências ambientais.

Apesar de requerer um elevado investimento inicial, a utilização de colectores solares torna-se benéfica para o consumidor em médio a longo prazo, em comparação com os combustíveis fósseis, como demonstra o gráfico abaixo. Os benefícios fiscais atribuídos pelo estado tornam esta oferta ainda mais atractiva.  

Energia Solar no Algarve

O director-geral da energia revelou esta semana, ao Correio da Manhã, que o Algarve vai dispor de centrais fotovoltaicas capazes de produzir energia eléctrica equivalente às necessidades de 100 mil consumidores.

De acordo com José Perdigoto, os lotes designados para a instalação de centrais de energia solar no Algarve, sujeitos a concurso público no ano passado, "foram totalmente atribuídos".
A potência total prevista para a região é de 30 megawatts, repartidos por centrais de 2 megawatts cada uma.
Também foi referida por José Perdigoto a excelente exposição solar do Algarve, produzindo energia no período de maior consumo - durante o dia.

Parque Fotovoltaico de Amareleja

A Central Solar Fotovoltaica de Amareleja, com uma capacidade instalada de 46,41 megawatts (MW) pico e 35 MW de potência de injecção na rede,  construída num terreno de 250 hectares, perto daquela vila do concelho de Moura (Beja), considerada a "terra mais quente de Portugal". Este projecto representa um investimento de 237,6 milhões de euros para produzir energia "limpa" para a rede eléctrica nacional durante 25 anos.

Com 2520 seguidores solares azimutais, equipados com 104 painéis solares cada um, a central será a maior do mundo, em potência total instalada e capacidade de produção, mais do quádruplo do que o actual maior complexo do género, situado no concelho vizinho de Serpa, com 11 MW de potência instalada e que começou a produzir energia em pleno no final de Março de 2007.

Os seguidores solares azimutais são dispositivos mecânicos que orientam os painéis solares a seguir perpendiculares ao sol, desde a alvorada, a Este, até ao poente, a Oeste, fazendo um aproveitamento mais eficiente do que os tradicionais paineis fixos.

Depois da instalação do parque solar supreciatado, da Central Solar Fotovoltaica de Serpa, do Parque Solar de Almodôvar (2,15 MW) e da Central Solar de Ferreira do Alentejo (1,8 MW), Portugal afirma-se como um dos líderes das energias renováveis a nível mundial.

Desafio Solar Brasil

No último domingo, dia 13 de Fevereiro, começou em Florianópolis (Brasil) o Desafio Solar Brasil.

Inspirado no Frisina Solar Challenge da Holanda, este campeonato de barcos eléctricos abastecidos com energia solar representa uma oportunidade de as universidades brasileiras testarem os seus últimos projectos na área, sendo o objectivo futuro o desenvolvimento de embarcações não poluentes para fins comerciais.

A competição será realizada durante esta semana, até dia 20 de Fevereiro. No domingo foram apresentados os projectos de cada equipa e os barcos foram inspecionados pela comissão organizadora.

Segunda-feira foi o dia do arranque oficial das competições, com provas de 36 km que se realizam nas águas da Lagoa da Conceição, Canto e Costa da Lagoa.

Para mais informações consulte : http://desafiosolar.wordpress.com/